A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DO ANO
Fim de ano e a gente se depara com várias listas de melhores de 2023, melhores livros, séries, atores, retrospectiva do ano, fato do ano, palavra do ano e etcétera do ano. Em todas as listas, sejam quais forem, de alguma maneira a Inteligência Artificial é citada. As vezes até pedem para ela fazer a lista. Realmente não teve para ninguém, a IA dominou o ano de 2023 e dentre as Inteligências Artificiais, o ChatGPT foi o campeão de citações.
Eu tentei não entrar nessa onda, não baixei o ChatGPT e não o usei para escrever os meus textos. Nem esse texto que você está lendo agora, foi feito pelo ChatGPT. Digo isso, porque o ChatGPT foi tão utilizado em 2023 que se tornou uma espécie de Glúten dos textos. O autor agora tem que especificar no final de seus textos: “ Não contém ChatGPT”.
Mas se eu não utilizei essa parada, outras pessoas próximas usaram. Foi o caso do meu sobrinho que resolveu brincar com a ferramenta. Numa das suas pesquisas, ele resolveu perguntar sobre o Casseta & Planeta. E me mandou a resposta, que trazia essa definição do grupo Casseta & Planeta:
Eu fiquei bem preocupado com essa resposta do ChatGPT.
O ChatGPT começa dizendo que são 8 os integrantes do grupo. Sempre achei que eram 7, mas se o ChatGPT está dizendo... Talvez ele tenha incluído a Maria Paula nessa lista de integrantes do Casseta & Planeta, sempre a consideramos a oitava Casseta, mas como o ChatGPT não a cita depois, acho que não foi isso. Portanto, somos 8 e eu queria muito conhecer esse oitavo integrante, deve ser gente boa!
E logo em seguida outra informação que eu ignorava. Há 63 anos eu acho que o meu nome é Roberto Adler, mas estava enganado esse tempo todo. Ainda bem que o ChatGPT me avisou! E quem sou eu para discutir com o campeão das Inteligências Artificiais? Então preciso me acostumar com o meu nome verdadeiro que é Roberto Guilherme Vasconcelos Corrêa. Vou tratar de decorar esse nome, que é grande pra caramba, prestando atenção para o Corrêa, que não “i” e tem acento. Pensei em ir ao Cartório para mudar legalmente o meu nome, mas provavelmente o Cartório também deve ter consultado o ChatGPT e já deve ter mudado o meu nome. Só eu que não sabia.
O Claudio Manoel deve estar passando pelo mesmo problema, tentando se acostumar ao seu novo nome e o Helio Eduardo de la Peña Gomes também.
Pois é, essas revoluções tecnológicas são muito impressionantes mesmo. Como é que a gente conseguiu ficar tanto tempo sem saber coisas tão básicas como o próprio nome? Obrigado ChatGPT!
O Jornal Opção me pediu para listar os livros que pretendo ler em 2024. Essa foi a minha lista:
O QUE PRETENDO LER EM 2024
Em 2023 eu li muito, bati meu recorde de livros lidos, o que não quer dizer muita coisa, afinal quantidade e qualidade não frequentam sempre os mesmos ambientes. Sei que li muita coisa boa, e tenho certeza de que li muita bobagem também. E pretendo continuar assim no ano que vem.
Eu não era muito de releituras. Mas a gente vai ficando velho e percebe que não lembra mais de nada, que alguns livros foram lidos há tanto tempo que praticamente podem ser considerados inéditos de novo. Então comecei a reler alguns clássicos e foi ótimo! Dentre as releituras recentes, Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Marques e Viva o povo brasileiro, do João Ubaldo foram ótimas experiências. Me animei e em 2024 pretendo revisitar outros livros desses autores. Crônica de uma morte anunciada, do colombiano e Sargento Getúlio, do baiano, estão na minha lista.
Também nessa área de releitura, estão livros policiais de autores que sempre adorei e que não lia há tempos. Rex Stout e Andrea Camilleri estão na minha lista. Ambos geniais. Alguns podem achar que literatura policial está na área de bobagens, mas isso é uma tremenda bobagem!
Um autor que descobri há pouco e que já devorei alguns livros é o Cormac McCarthy. Já tenho em mãos o “A estrada” que dizem que é ótimo. Conferirei!
Descobri há muito pouco tempo o João Anzanello Carrascoza. Uma falha já resolvida nas minhas leituras de 2023. Já comprei uma Seleta de seus contos, que está devidamente na fila para 2024.
E por falar em falhas, tenho algumas dívidas históricas, clássicos que sempre quis ler, mas que não encarei ainda. Nesta lista está uma empreitada: Em busca do tempo perdido, de Proust. Em 2024 pretendo correr em busca deste tempo perdido.
E no campo da literatura brasileira, outras dívidas que pretendo pagar: Quarto de despejo, da Carolina Maria de Jesus e O triste fim de Policarpo Quaresma, do Lima Barreto.
E continuarei lendo livros de dois autores portugueses por quem me afeiçoei: Afonso Cruz e Gonçalo M. Tavares.
E na área das bobagens que são mesmo bobagens, mas ótimas e importantes bobagens, pretendo ler muitos livros de Humor e muita HQ!
PS - Para quem quiser ler o texto original com indicações de outras pessoas (muito boas! Anotei algumas), é só clicar aqui…
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É claro que tenho mais dicas de leitura para 2024. Duas delas são essas:
NOTAS SOBRE HUMOR
ESTÃO MATANDO OS HUMORISTAS
Se interessou por algum desses livros? Então me manda um e-mail para betosilva.livros@gmail.com dizendo QUERO COMPRAR O LIVRO! e eu explico como fazer para comprar o seu exemplar com dedicatória.